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terça-feira, 30 de junho de 2009

A Cidade vista do Alpendre



Ainda estou a me perguntar quais seriam os outros quatro alpendres...
Talvez um dia ainda escreva sobre eles.
Gostaria de compartilhar com todos a paisagem que vejo da nossa cidade do alpendre da juventude.
Se olho para os verdes mares bravios com suas jangadas e seus coqueirais que balançam ao vento, vejo a infância de muitas crianças indo embora junto com dólares e euros que financiam o perverso mercado da prostituição infantil.
Ainda na mesma direção, a cidade concretada, refém de um mundo que não se sustenta mais. Pessoas presas em seus próprios lares.
Se olho na direção contrária, vejo a periferia. A cidade desprovida de muitos dos seus serviços. Juventude exposta à violência, ao mundo das drogas e da universidade do crime. Mentes brilhantes, jóias a serem lapidadas, jovens que só precisam de oportunidades.
Nossa cidade precisa ser amada! Principalmente "nossa linda juventude", como disse o poeta1.
E por que não falar de juventudes?

São muitas as tribos, muitas as linguagens relacionadas a muitos dilemas e desafios nessa geração: educação de qualidade, a profissionalização e a primeira oportunidade de trabalho, o acesso a cultura, ao esporte e ao lazer.
Sem falar na espiritualidade...
E qual será o papel do nosso alpendre em meio a desconstrução e crescimento desordenado do espaço urbano?

Algumas pistas e alguns lampejos do registro das experiências de um Jovem Galileu, chamado Yeshua2, podem nos ajudar a construirmos uma alternativa para que possamos dialogar com a cidade. E é importante que se diga que Ele era um jovem!
Mas às vezes fico a pensar: será que não estamos esperando que estes jovens venham até nós, na esperança de que, num movimento repentino, as coisas mudem de lugar?
A nossa cidade é grande!
Precisamos aprender a falar outros dialetos, novas linguagens, outras formas de comunicar com criatividade a boa notícia: Galera!!! O Reino de Deus está no nosso meio!!!!
E você... aceita esse desafio?

Abração a tod@s!

Wendel Cavalcante

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1. “Nossa linda juventude / Página de um livro bom / Canta que te quero cais e calor / Claro como o sol raiou / Claro como o sol raiou / Maravilha, juventude / Tudo de mim, tudo de nós / Via Láctea, / Brilha por nós, / Vidas bonitas da esquina / Fado, sina, lei, tesouro / Canta que te quero bem / Brilha que te quero luz andaluz”. Linda juventude, 14 Bis.

2. O nome "Yeshua" deriva-se de uma raiz hebraica formada por quatro letras – ישוע (Yod, Shin, Vav e Ain) - que significa “salvar”, sendo muito parecido com a palavra hebraica para “salvação” – ישועה, yeshuah – e é considerado também uma forma reduzida pós-exilio babilônico do nome de Josué em hebraico – יהושע, Yehoshua – que significa “o 'Eterno' (YHWH) salva”. Essa forma reduzida era muito comum na Bíblia hebraica (ou Tanakh), que cita dez indivíduos que tinham este nome – como podem ser visto nos versos de Esdras (Ezra) 2:2, Esdras (Ezra) 3:2 e Neemias (Nehemiá) 12:10. "Josué", o Yehoshua, reduzido como Yeshua (aramaico), ou reduzido como Iesous (grego; onde não se pronuncia o "s" final); com esse último nome, a Roma-Grécia apelidou o sucessor de Moshê ("Moisés"), onde virou cultura e tradição. O Hebreu era filho de Num da tribo de Efraim, nascido no Egito, circuncidado com o nome de Hoshêa, ao consagrá-lo para seu sucessor Moshê deu-lhe o nome de Yehoshua, pois dentre os que saíram do Egito, ele foi achado digno de conduzir o povo de Israel à terra de Canaã. http://pt.wikipedia.org/wiki/Yeshua. Acesso em 30/06/2009. Sobre as experiências do Jovem Galileu ver Evangelho segundo São João, capítulo 5.

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terça-feira, 23 de junho de 2009

Quando os Amigos nos Falam de Deus


Quando os amigos nos falam de Deus a gente fica feliz. Dá pra entender que Deus gosta mesmo dessa coisa de amizade porque Ele fala muito através dela e fala bem. Graças a Deus. Já pensou se Deus falasse com a gente de uma maneira não pessoal, se ele sempre falasse através da cara ranzinza do patrão e do professor? E se Ele resolvesse sempre falar através de um sinal no céu e não mais através daqueles que abraçamos, falamos, cuidamos e oramos? Se Ele instituísse que só falaria através do pastor da igreja na hora do culto? Coitados de nós. Que chatice seria se eu não pudesse aprender sobre Deus com esse povo doido que são os amigos.

Hoje eu quero falar de uma experiência específica em que aprendi sobre Deus com um grande amigo. Aprendi o que era a amizade, o que era gostar da presença do amigo só pela companhia.

Era um dia em que eu estava meio sem dinheiro, ou não podia gastar, mas ao mesmo tempo tinha muita vontade de ver os amigos, pois fazia um tempo que não saía com eles depois do culto. Todo mundo foi comer pizza e eu decidi que não queria ir para não gastar grana, mas como eu tava com saudade dos amigos resolvi falar com um deles, o Carlos. E foi aí que ele me ensinou algo maravilhoso. Cheguei para falar com ele com a única intenção de me desculpar por não poder sair com eles, dizendo que ia para casa, comer em casa, mas que sentia muito por não poder ficar com eles ao redor da mesa. Aí o cara veio com a graça, com carinho de amigo mesmo, veio meio parecendo Deus quando diz "filho, eu sei o que tu passa e sei o que te impede de ficar mais próximo de mim e eu vou prover o que você precisa para estar mais próximo de mim!". O amigo veio como quem diz, eu quero você ao meu lado na mesa e pago o preço pra isso. Isso me marcou. Ele pagou a conta, mas não foi a conta quem me marcou, foi a vontade de estar perto. Fui até o Carlos não para ele me pagar o jantar (eu juro!), mas pela satisfação de dizer que queria estar com os amigos, mas não podia.

Essa experiência me lembrou Hebreus 10:6 quando a Palavra nos fala que Deus é Abençoador daqueles que o buscam. Assim , ao adorar, não devemos nos preocupar com as bênçãos de Deus, mas com quem Ele é, em estar perto dEle. Querer estar perto dEle e pode deixar que Ele sempre provem meios de nos aproximarmos dEle.

Deus fala mesmo através dos amigos. Falou através do Carlos, que às vezes se queixa de querer ser mais usado (mais do que isso?). Falou através de vocês também? Com certeza é possível. E é bom quando Ele faz isso. Quando fala de forma tão pessoal, que nem parece Ele, mas que a gente sabe que foi Ele.

Falou através de um amigo seu também? Que bom! Conta como foi pra gente aí (faça um comentário no post)!

(Obrigado Carlos!)

Iago C. Araújo

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Nossas Boas Vindas

Sente um pouco e aguarde, por favor, estamos preparando a serventia...

Alpendre é lugar de conversar, de rever os amigos e familiares, jogar conversa fora sem se preocupar com tempo. É lugar de acolhida, de servir um café, um bolo, um abraço, ..ver imagens, ler um bom texto..e discutir, conversar uma boa conversa.
No
Alpendre a gente recebe o estrangeiro, o pobre, o amigo, o vizinho como se fossem companheiros de longas datas, como se aquele rosto, às vezes sujo, às vezes suado, às vezes bem arrumado, fossem sempre a cara de quem a gente quer estar próximo.
Alpendre é lugar de amizade e foi daí que ele começou, a idéia de dois amigos, de juntar os papos, criar idéias e produzir verdades. Aquilo que fica nos abraços, nos apertos de mãos, nas conversas, agora se transforma em um lugar para acolher, para receber hóspede, agora se torna um blog. NOSSO ALPENDRE...Vem sentar, conversar, ver o tempo passar...

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Iago e Wendel Cavalcante